Depois da reunião do Conselho Deliberativo que alterou o estatuto do Avaí, na segunda-feira passada, dia 7, uma nova chapa começou a ser formada para as eleições do dia 14. O grupo descontente com a atual administração tem como articulador o conselheiro Fábio Botelho e inclui ainda nomes de peso na história azurra, como os ex-presidentes Luís Carlos Espíndola e Nilson Fidélis, além do também conselheiro Fernando Bastos. O cabeça-de-chapa, no entanto, ainda está indefinido. De acordo com Fábio Botelho, não se trata de uma chapa de oposição, embora ele mesmo afirme que o Leão precisa mudar.

– A gente entende que o Avaí precisa de uma renovação. O Flávio Félix foi um grande presidente, mas são necessárias novas idéias, metodologia e pessoas para travalhar em prol do clube – disse o conselheiro, nesta quinta-feira, dia 10, à CBN Diário.

Dois pontos foram apontados por Botelho como motivo da dissidência. O primeiro diz respeito à remuneração e mandato do presidente. Para o conselheiro, tais questões não deveriam ter sido votadas na reunião de segunda-feira, às vésperas da eleição do dia 14. A remuneração, que já existia, foi regulamentada pelo Conselho, enquanto o mandato foi estendido de dois para quatros anos.

Já o outro motivo diz respeito ao relacionamento do Avaí com outras entidades. Para Botelho, com Flávio Félix, o clube perdeu espaço na Federação Catarinense de Futebol (FCF) e na Associação de Clubes de Santa Catarina. Como se sabe, a FCF é dirigida por Delfim Pádua Peixoto Filho; e a associação, pelo presidente do Figueirense, Paulo Prisco Paraíso.