O secretário do Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos EUA, Michael Levitt, declarou hoje que o total de mortes decorrentes do furacão Katrina e de suas conseqüências pode chegar a milhares.

– Acho evidente que há milhares (de mortes) –  declarou Levitt no programa Late Edition da rede de televisão CNN, embora tenha esclarecido que ainda é impossível dar uma cifra exata do impacto devastador do furacão que açoitou, sobretudo, a costa dos estados da Louisiana e do Mississippi, na segunda-feira passada.

Levitt mencionou que uma das questões que preocupa as autoridades de saúde é um relatório sobre um surto de disenteria, uma doença intestinal que pode ser fatal, na cidade de Biloxi (Mississippi). A falta de água potável, a decomposição de cadáveres que bóiam pelas zonas inundadas e a acumulação de excrementos humanos nas ruas de Nova Orleans (Louisiana) poderiam desatar outras doenças infecciosas, explicou Levitt.

– Todas as doenças infecciosas que ocorrem quando há grandes congregações de pessoas podem surgir – acrescentou.

Antes das declarações de Levitt, o secretário do Departamento de Segurança Nacional, Michael Chertoff, também se negou a dar uma estimativa do número de mortes, mas admitiu que muitos desabrigados podem ter morrido devido às inundações de lares e albergues, assim como pela falta de água potável e alimentos.