Primeiro-ministro da Itália, dono de um conglomerado de mídia que inclui editoras, jornais e as três maiores redes de TV do país, e acionista majoritário do Milan, Silvio Berlusconi afirmou nesta segunda que poderia ser o técnico do tradicional time italiano.

– Certamente, eu também poderia treinar esta equipe. Como também poderia ser jornalista, pároco ou qualquer outra coisa. Vocês sabem que tenho uma grande consideração por mim mesmo – ironizou o político ao sair do batizado do filho do ucraniano Andriy Shevchenko, atacante do Milan.

A ironia de Berlusconi sobre o cargo no Milan não é nova, uma vez que em várias ocasiões o político não hesitou em declarar, em tom ambíguo, que ele dá “sugestões” técnicas a seu treinador, Carlo Ancelotti, assim como também faz críticas à sua atuação.

Estas declarações colocaram em dúvida, por mais de uma vez, a permanência de Ancelotti no comando da equipe. Sua presença no comando do time parecia prestes a chegar ao fim após a final da Liga dos Campeões, perdida em maio para o Liverpool.

Apesar do empate em 1 a 1 com o modesto Ascoli na primeira rodada do Campeonato Italiano, o principal acionista do clube considera que o Milan tem condições de lutar pelo título nacional.

– O campo estava impraticável em Ascoli, não se podia jogar. O Milan não podia fazer melhor – afirmou Berlusconi, acrescentando que tanto Ancelotti quanto o vice-presidente Adriano Galliani gozam de sua total confiança.

AGÊNCIA EFE