| 07/09/2005 12h33min
O Conselho Deliberativo do Grêmio irá aguardar pela conclusão do processo que corre na 1ª Vara Criminal para se pronunciar sobre conselheiros supostamente envolvidos no caso dos cheques da ISL. Mesmo que o relatório da comissão criada no Conselho para acompanhar o caso tenha responsabilizado o ex-presidente José Alberto Guerreiro pelo episódio, nenhuma decisão será tomada neste momento no sentido de puní-lo. Nem mesmo o envio do relatório para a comissão de ética do clube ficou decidido na sessão extraordinária de ontem à noite.
O relatório foi lido pelo presidente da comissão, Marco Antônio Souza, que ameaçou renunciar ao mandato caso fosse impedido de fazer a leitura. Segundo Souza, Guerreiro deveria ter tido o cuidado de verificar com River Plate, Palmeiras e Rangers, da Escócia, se eles realmente cobravam multas pela venda de Astrada, Paulo Nunes e Amato.
Para o conselheiro Jayme Eduardo Machado, ao responsabilizar Guerreiro o relatório beneficia a massa falida da ISL, que cobra do Grêmio na justiça suíça a devolução dos US$ 310 mil enviados em 2000. O próprio Guerreiro, no entanto, fez um pronunciamento no sentido de que o relatório fosse lido. Não faltaram pronunciamentos fortes ao longo da sessão.
– Alguém roubou da ISL usando indevidamente o Grêmio. O que queremos é que esses vigaristas sejam presos – afirmou o conselheiro Walter Poli.
Compareceram à sessão 207 dos 300 conselheiros do clube. Na abertura da sessão, os nomes dos ex-jogadores Calvet, China e Dinho foram indicados para a Calçada da Fama do clube.
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