| 13/09/2005 13h09min
O Brasil buscará o apoio dos países da América Central em sua pretensão de se tornar membro do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a cúpula na Guatemala. O embaixador do Brasil em El Salvador, Eduardo Prisco Paraíso Ramos, disse em entrevista publicada hoje pelo jornal La Prensa Gráfica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocará o assunto a seus colegas do Sistema da Integração Centro-Americana (Sica).
– Os presidentes trocarão opiniões sobre as reformas da ONU. Com relação ao Conselho de Segurança, há declaração mais ou menos clara de três países centro-americanos ao Grupo dos Quatro (G4) – Brasil, Índia, Alemanha e Japão –, que são Guatemala, Nicarágua e Honduras – disse o diplomata.
Ramos acrescentou que a Costa Rica apoiaria a entrada do Brasil, e El Salvador pode não se decidir a dar suporte ao projeto do G4. O presidente salvadorenho, Elías Antonio Saca, expressou há algumas semanas seu total apoio para que o Japão se torne membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Sobre "se a proximidade" do governo do Brasil com o da Venezuela gera suscetibilidade para mais apoio, Ramos disse que não.
– O presidente Bush e Lula têm ótimas relações, inclusive pessoais – disse.
O diplomata afirmou que os Estados Unidos "não têm problemas com governos de esquerda ou de direita. A política econômica do presidente Lula tem apoio e reconhecimento mundial".
Sobre se os Estados Unidos vetarão a entrada do país, o diplomata respondeu que "não sei, não vejo motivo para que os Estados Unidos se oponham.
– O Brasil nunca foi incendiário em termos diplomáticos, foi mais bombeiro – afirmou.
Ramos ressaltou que o Brasil é o único candidato da América Latina para fazer parte do Conselho de Segurança da ONU.
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