| 15/09/2005 09h18min
A inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), por meio do IGP-10, acentuou sua trajetória de queda em setembro registrando variação negativa (deflação) de 0,69%. Em agosto, a taxa havia sido de -0,52%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias: IPA, de -0,78% em agosto para -0,91% em setembro; IPC, de -0,07% para -0,36% e INCC, de 0,09% para 0,00%.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) registrou desaceleração de 0,13 ponto percentual (p.p.) em relação ao resultado de agosto, de -0,78%. Os bens finais registraram redução em sua taxa de variação, que passou de -0,11%, em agosto, para -1,64%, em setembro. O índice de bens intermediários registrou variação de -0,14%, acelerando-se 0,74 p.p. em relação à taxa do mês anterior, de -0,88%. Combustíveis e lubrificantes para a produção, com aceleração de 2,20 p.p., foi o subgrupo que exerceu a principal influência ascendente neste grupo, avançando de -0,66% para 1,54%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de -0,36%, 0,29 p.p. abaixo da variação apurada no mês de agosto, que foi de -0,07%. Com exceção do grupo vestuário, as seis demais classes de despesas apresentaram redução em suas taxas de variação. As maiores contribuições para a queda do índice partiram dos grupos alimentação e habitação. O primeiro grupo respondeu por mais de 60% do recuo apresentado pelo índice. Neste caso, os principais destaques foram hortaliças e legumes, de -4,68% para -8,18%, e arroz e feijão, de -0,60% para -3,33%. No segundo grupo, o destaque coube ao item luz, gás e telefone, cuja taxa passou de 0,94% para -0,01%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) não registrou variação em setembro. Em agosto, a taxa havia sido de 0,09%. O índice relativo a materiais apresentou desaceleração de 0,10 p.p., passando a taxa de 0,05% para -0,05%. Tendência oposta foi registrada no índice relativo aos serviços, cuja taxa de variação passou de 0,12% para 0,30%. A parcela referente à mão-de-obra não variou. No mês anterior, a variação registrada foi de 0,13%.
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