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O presidente da Argentina Eduardo Duhalde disse na tarde deste sábado, dia 19, durante entrevista à imprensa, que não poderá cumprir sua promessa de devolver as poupanças e depósitos feitos em dólar na moeda de origem. Segundo ele, não há dólares suficientes no país. Duhalde, no entanto, garantiu que vai manter o valor aquisitivo das quantias, embora não tenha explicado se a conversão dos valores será feita na cotação oficial do dólar para o peso, de 1,40.
Ao mesmo tempo, Duhalde revelou que no final do segundo semestre do ano sua administração, tomará as medidas necessárias para o abandono definitivo do câmbio fixo. Dessa forma, a Argentina passará a ter um regime de flutuação da moeda, como quer o Fundo Monetário Internacional (FMI). Atualmente, existem dois câmbios na Argentina, um oficial, que está fixado em 1,40 pesos por dólar, e outro, flutuante, que é determinado pelo mercado.
O presidente também confirmou que será adotado um imposto para as exportações de petróleo, mas não disse qual será o percentual cobrado sobre as vendas do produto. Além disso, Duhalde ratificou a suspensão dos pagamentos da dívida externa, ao afirmar que no orçamento não há provisões para quitar as dívidas com os credores. Duhalde disse também que o orçamento da Argentina deverá ser aprovado em duas semanas.
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