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 | 20/01/2002 20h01min

Petistas farão culto ecumênico em memória de Celso Daniel

Petistas catarinenses reúnem-se nesta segunda-feira, dia 21, na Catedral Metropolitana, em Florianópolis, para rezar contra a violência e pela paz, lembrando o assassinato do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel. A decisão de fazer um culto ecumênico, que será celebrado às 17h pelo padre Wilson Grow, foi tomada no final da tarde deste domingo. A orientação é para que as pessoas se vistam com roupas brancas.

Lideranças políticas como o presidente estadual do PT, Milton Mendes de Oliveira, o pré-candidato ao governo e prefeito de Chapecó, José Fritsch, os prefeitos Décio Lima (Blumenau) e Jailson Lima (Rio do Sul), além de deputados viajaram a Santo André, no ABC paulista, para acompanhar o sepultamento de Celso Daniel.

Antes de partirem para São Paulo, os petistas distribuíram uma nota oficial para a imprensa conclamando os cidadãos para rezarem pela paz:

– Consternados com a morte do companheiro, denunciamos que há uma violência instalada na sociedade brasileira que cresce dia a dia por causa da impunidade – diz a nota.

Entre os militantes petistas ouvidos pela reportagem do Diário Catarinense, não há dúvidas de que a morte do prefeito Celso Daniel possui conotação política, assim como a do prefeito de Campinas (SP), Toninho do PT, assassinado com um tiro em 10 de setembro do ano passado.

Neste domingo, a cúpula do PT catarinense recebeu cópia da carta distribuída para 37 prefeitos e vereadores paulistas, ameaçando-os de morte. A carta estava assinada pela Frente de Ação Revolucionária Brasileira (Farb), que assumiu o assassinato do prefeito Toninho do PT.

– Tentamos fazer com que o ex-prefeito de Campinhas nos ouvisse, mas ele não quis e tivemos de agir, só queríamos debater o que estava havendo com sua ideologia, mas ele não nos deu atenção e isso foi a gota d´água para nós – diz um trecho da carta.

O documento também trazia sérias ameaças a sindicalistas e lideranças petistas de todo o país. Apesar disso, Milton Mendes de Oliveira assegurou que, como em Santa Catarina nenhum petista recebeu a carta ou foi ameaçado, o partido não vai pedir que os líderes intensifiquem sua segurança.

ANA MINOSSO / DIÁRIO CATARINENSE
 
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