| 27/09/2005 14h39min
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já deixou clara sua maior preocupação desde que veio à tona o caso da máfia do apito, encabeçado por Edílson Pereira de Carvalho: evitar uma virada de mesa. O presidente do Tribunal, Luiz Zveiter, repetiu diversas vezes que não aceitará nenhuma mudança forçada no Brasileirão. Nesta terça, ele reforçou sua posição com uma ameaça.
Segundo Zveiter, os clubes podem desistir de usar a Justiça comum para tentar paralisar o Brasileirão ou mudar os resultados obtidos dentro do campo. Soberano, ele deixou claro que apenas a Justiça Desportiva tem poder para decidir.
– Se algum clube for à Justiça comum ou se utilizar algum laranja para isso, será excluído sumariamente do campeonato – advertiu.
A preocupação do STJD e da CBF é evitar que se repita o ocorrido entre 1999 e 2000, quando o Gama ingressou na Justiça comum e conseguiu, na base da força, retornar à primeira divisão. Foi disputada, então, a Copa João Havelange, um grande campeonato que não teve o resultado desejado.
– O caso do Gama está ultrapassado – garantiu Zveiter.
Por enquanto, o único efeito prático do escândalo foi a exclusão do árbitro Edílson Pereira de Carvalho dos quadros da CBF e da Fifa.
O árbitro paulista Paulo José Danelon, também envolvido no caso, segue vinculado à CBF.
– O Danelon ainda está sendo investigado – explicou Zveiter. – O Romildo surgiu no depoimento, mas nenhum dado me foi encaminhado até agora – concluiu o presidente do STJD, sobre a citação que Edílson fez em seu depoimento, embora tenha dito que não está envolvido e também não sofreu nenhuma punição.
O próximo passo é definir o que acontecerá com as partida apitadas por Edílson. Diferente do que tinha dito anteriormente, Zveiter afirmou que todos os 11 jogos comandados por ele seguem sob análise.
– Algumas coisas vão surgindo. Só o que podemos dizer é que não passa de 11 partidas – finalizou.
AGÊNCIA PLACARGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.