Uma perícia judicial irá verificar a necessidade e a utilidade da venda da VariLog, subsidiária da Varig, para o êxito do plano de recuperação da companhia aérea. A decisão foi tomada hoje pelos juízes Luiz Roberto Ayoub e Márcia Cunha de Carvalho, que integram a comissão de magistrados do Tribunal de Justiça do Rio, responsável pelo processo.

Os juízes designaram a empresa de consultoria Deloitte Touche Tohmatsu como responsável pelo plano de recuperação. A determinação é conseqüência do pedido feito pela Varig, que sustenta a necessidade e urgência de venda de um de seus ativos, precisamente a VarigLog, para fazer caixa e manter a companhia funcionando.

O assunto ainda terá de ser discutido pelo Comitê de Credores, que se reúne, em primeira convocação, no dia 13 de outubro para a eleição do representante dos trabalhados e para as primeiras deliberações sobre o plano apresentado pela Varig à Justiça. Os juízes entendem ser ainda passível de controvérsia a pretensão da alienação de qualquer ativo e que é prudente a realização de perícia judicial para verificar a utilidade e necessidade de que ativos da empresa possam garantir a efetividade do plano.

A Deloitte Touche Tohmatsu será intimada, através de seu representante legal, para manifestar se aceita a nomeação. Caso positivo, a empresa deve indicar sua pretensão honorária. Tanto a Varig como as demais partes interessadas poderão indicar assistentes técnicos, bem como formular quesitos para o perito.