| 30/09/2005 17h30min
O dólar à vista fechou em alta de 0,77% nesta sexta, mas mesmo assim bateu um recorde. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,227 na compra e R$ 2,229 na venda. Com isso, acumulou queda de 5,47% em setembro. É a maior queda mensal desde abril de 2003, quando a cotação despencou 13,23%. O risco-país brasileiro marcava 343 pontos centesimais no final da tarde, com queda de 16,75% no período.
Setembro foi um mês marcado por definições positivas para o mercado. Foi neste mês que o Tesouro Nacional fez a primeira emissão soberana brasileira com títulos denominados em reais. Com isso, cresceram os rumores de um "upgrade" na classificação de risco do país. Nesta sexta, o JP Morgan elevou a recomendação de compra dos títulos da dívida brasileira.
Também em setembro o Comitê de Política Monetária (Copom) deu início ao processo de redução gradual dos juros, cortando a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 19,50% ao ano. No cenário político, os analistas observam um arrefecimento dos efeitos na economia. O evento mais recente foi a vitória do candidato do governo à presidência da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB).
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade nos vencimentos mais curtos e em leve alta nos mais longos nesta sexta-feira. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,98% ao ano, contra 18,99% do fechamento de quinta-feira. O DI de abril não teve variação, ficando com taxa de 18,51%. Já o DI de janeiro de 2007 teve a taxa elevada de 17,58% para 17,54% anuais. A taxa Selic é hoje de 19,50% ao ano.
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