| 28/01/2002 15h57min
O acordo verbal entre Grêmio e Paris Saint-Germain (PSG), firmado em Paris na última sexta-feira, começa a ir para o papel nesta segunda, sob forma de um protocolo a ser encaminhado à Fifa pelos dois clubes. O PSG concordou em pagar – e o Grêmio em receber – US$ 5 milhões de indenização pela compra de Ronaldinho, sendo US$ 4,5 milhões à vista.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo, Jayme Eduardo Machado, manterá contatos a partir de hoje para redigir o protocolo. Para tanto, trocará informações via e-mail com a advogada Patrícia Moyerson, o diretor-financeiro Pierre Frelot e o presidente Laurent Perpère, com quem esteve reunido em um restaurante parisiense. Depois, um representante do clube gaúcho (Jayme ou o presidente José Alberto Guerreiro) irá à Suíça, sede da Fifa, assinar o protocolo que põe fim a polêmica de um ano entre os dois clubes.
Diante do recuo da Fifa em cobrar do PSG os US$ 5,9 milhões que ela mesmo determinou como indenização, o Grêmio optou pelo pragmatismo.
– Do jeito que as coisas andavam, iam se passar 20 anos, o Ronaldinho aposentado depois de longa carreira, e nós não teríamos recebido um tostão. Infelizmente, enquanto a Uefa tem enorme peso político sobre a Fifa, a nossa CBF mais parece um cartório na hora de defender os interesses dos clubes brasileiros. Foi o acordo possível: está tudo acertado, falta só assinar – revelou Jayme Eduardo.
Os valores estão acertados e, a não ser que os franceses mudem subitamente de idéia, não haverá mais entraves. O Grêmio aceita reduzir em US$ 900 o valor anteriormente fixado pela Fifa, de US$ 5,9 milhões, pela inclusão no acordo das regras do novo regulamento da entidade referente às transferências de jogadores.
Segundo o novo regulamento, em vigor desde 1 de setembro, o clube formador do jogador tem direito a 5% de cada transação internacional envolvendo o atleta. O Grêmio receberá US$ 4,5 milhões à vista e mais US$ 500 mil quando o craque for vendido. Além disso, vai retirar a ação que move contra Ronaldinho na Justiça do Trabalho brasileira. O PSG, por sua vez, desistirá de qualquer ação judicial na Suíça contestando a forma como a Fifa conduziu a questão, como vinha ameaçando, para pânico da entidade.
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