| 05/10/2005 22h08min
O conselho de ética da Assembléia Legislativa do Ceará aprovou hoje por unanimidade o parecer do ouvidor, deputado Antônio Granja (PSB), que pediu a abertura de processo disciplinar contra o deputado estadual José Guimarães (PT), irmão do ex-presidente nacional do PT José Genoíno. Mas a pena proposta foi leve: a suspensão do mandato por 30 dias.
Também foi aprovado o arquivamento da denúncia que envolvia o petista com os US$ 100 mil que seu então assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva trazia na cueca ao ser preso no aeroporto de São Paulo, em julho.
O processo disciplinar por quebra de decoro vai investigar apenas a acusação de que ele recebeu R$250 mil reais das contas do publicitário Marcos Valério, apontado como um dos operadores do mensalão. Se for suspenso, não receberá durante um mês o salário de parlamentar, que é de R$ 9.560 (valor bruto).
Na defesa que apresentou ao ouvidor da Assembléia, Guimarães disse que os R$250 mil foram usados integralmente para pagar despesas que não haviam sido contabilizadas na justiça eleitoral da campanha do candidato do PT a governador em 2002, José Airton Cirilo. Ele conta que o dinheiro foi conseguido com o então tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares e nega que soubesse a origem.
Aliviado, o deputado José Guimarães disse estar convencido de que será absolvido. Ele considerou a suspensão uma medida exagerada. Mas disse que cumprirá o que for decidido.
– Acho que devo ser absolvido de tudo. A suspensão é um exagero, mas me submeto – afirmou Guimarães.
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