O Criciúma deve ter a primeira disputa eleitoral da história do clube. O candidato anunciado de oposição, empresário Álvaro Arns, resistiu à proposta de coalizão feita pelo atual presidente, Moacir Fernandes, que buscava um consenso para as eleições programadas para novembro. Arns não concordou com a manutenção do atual presidente na liderança do especulado "governo de coalizão".

Há mais de 30 dias, Arns se lançou candidato de oposição à atual diretoria do clube. Desde então, o empresário tem promovido reuniões e conquistado a adesão de ex-dirigentes e sócios do clube. Na noite de terça, quando discutiu a proposta de coalizão com o grupo de colaboradores, Arns percebeu que não poderia desistir da disputa eleitoral.

– Não sou mais dono da minha candidatura, por isso não poderia mais recuar. E a nossa chapa já tem nome. É superação. Podemos até perder. Mas vamos disputar – garante.

Além de Arns, a chapa já conta com outros três nomes confirmados: Anselmo Freitas, Odilmar Monteiro e Renato Pierre. A nominata completa e as respectivas funções devem ser anunciadas em entrevista coletiva nos próximos dias, antes mesmo do lançamento do edital, que abre as inscrições para o processo eleitoral.

Mas o descarte da proposta de coalizão não significa que integrantes da atual diretoria estejam alijados do processo de composição da chapa de Arns. O empresário, que já promoveu uma pesquisa com os associados, afirma que a chapa é uma alternativa à disposição dos sócios.

– A chapa está aberta a todos. Queremos escutar o sócio e todos integrantes da atual diretoria são sócios – ressalta o candidato, disposto a praticar um "choque de gestão" em caso de vitória no processo eleitoral.