| 07/10/2005 16h20min
O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, admitiu hoje que, no encontro entre a bancada do PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, houve uma referência aos petistas que correm o risco de perder os mandatos. Perguntado se Lula havia prestado solidariedade aos parlamentares, o ministro disse que foi uma solidariedade pessoal e não um endosso aos atos cometidos por eles.
– É natural que ele (Lula) diga àqueles que estão ameaçados de perder o mandato a solidariedade no sentido de que, mesmo quando alguns erram e vão ser condenados, nem por isso devem perder o respeito e a solidariedade nossa – afirmou o ministro.
Segundo Jaques Wagner, a situação dos petistas não foi um assunto dominante no encontro, que teria discutido sobretudo a necessidade de melhorar a relação entre o governo e a bancada do PT. Lula pediu que os parlamentares do partido defendam de forma mais coesa as ações do governo. O ministro não quis emitir opinião sobre as possíveis renúncias dos petistas, afirmando que a renúncia é um ato unilateral e individual de cada um.
Durante o encontro, que durou mais de três horas, os parlamentares cobraram mais agilidade na execução orçamentária e explicações sobre as taxas de juros e superávit primário. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que participaram do encontro, enfatizaram que a taxa de juros real já vem caindo e que as ações do governo na área econômica têm dado resultados positivos, como a geração de empregos e o alto índice de atividade industrial. Os dois também enfatizaram que os atos econômicos fazem parte da política do governo Lula e não são apenas a continuidade de um sistema adotado pelo governo passado.s
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