No que depender do Corinthians, o Grêmio não irá utilizar o atacante Luís Mário (foto), contratado pelo período de um ano nesta segunda-feira, 4 de fevereiro. É o que garantiu Roque Citadini, vice de Futebol do clube paulista, assim que soube do retorno do atacante ao Olímpico. Segundo o dirigente, o mandato de segurança obtido por Luís Mário sexta passada, que o desvinculou do Corinthians, será derrubado na Justiça cedo ou tarde. Os paulistas já entraram com recurso.

Citadini acusou a atual direção do Grêmio de ser “pirata”, “bucaneira” e “hipócrita”. O cartola corintiano não se conformou em os gaúchos haverem ficado com o atleta sem pagar nada. O contrato anterior de Luís Mário junto ao tricolor, que expirou em dezembro passado, fixava o passe em cerca de US$ 2,5 milhões. Quando o empréstimo se encerrou, os gaúchos não pagaram o valor. O atacante voltou para São Paulo, mas não chegou a um acerto com a diretoria corintiana.

Ironicamente, Luís Mário ganhou passe livre com a mesma estratégia utilizada por ex-jogadores do Grêmio como Marinho e Ronaldinho. Desta vez, porém, foram os gaúchos os beneficiados. Para o vice de Futebol tricolor, José Otávio Germano, não houve má-fé no caso. Germano acredita que trata-se da nova realidade do futebol brasileiro, iniciada com a Lei Pelé no ano passado. De acordo com ele, os clubes terão de se adaptar ao fim do passe.