O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) disse, em entrevista coletiva, que nunca cogitou a hipótese de renúncia do mandato. O processo disciplinar contra o ex-presidente da Câmara e outros 10 deputados foi aberto nesta segunda pelo Conselho de Ética. João Paulo disse estar confiante que terá um julgamento justo, a partir do momento em que os parlamentares tomarem conhecimento de sua versão sobre os fatos.

De acordo com o relatório preliminar das CPIs dos Correios e do Mensalão, o ex-presidente da Câmara recebeu R$ 50 mil do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser operador do mensalão. O dinheiro foi sacado pela mulher do parlamentar, Márcia Regina Cunha, na agência do Banco Rural no Brasília Shopping. Em sua defesa, o deputado explicou às CPIs que o dinheiro foi repassado pela tesouraria nacional do PT para a realização de pesquisa de opinião solicitada pela coordenação do PT de Osasco.