O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse hoje que a reunião que discute a situação da Varig, no Palácio do Planalto, vai definir a posição dos credores públicos para a reunião de amanhã, na Justiça do Rio de Janeiro. Os credores públicos avaliam qual plano de recuperação da empresa vão apoiar.

– Temos que analisar qual a posição dos credores públicos para a assembléia de amanhã, qual o plano mais consistente para salvar a Varig. O que está certo é que temos que salvar a Varig – disse Marinho, acrescentando que até a noite desta terça deverá ter uma posição.

Marinho participou da primeira fase da reunião com o presidente em exercício e ministro da Defesa, José Alencar, e representantes da Infraero, do Banco do Brasil, da BR Distribuidora e dos trabalhadores, principais credores da empresa. O BNDES, que pode ajudar numa possível recuperação da empresa, também está representado na reunião.

Segundo o ministro, estão sendo analisadas três propostas. A primeira, apresentada pelos trabalhadores, prevê o fim do fundo de pensão Aeros, a manutenção do emprego e que não se venda a Variglog, empresa de logística e transporte de cargas. Os atuais administradores da empresa prevêem a venda da Variglog, a demissão de 13% dos empregados e uma possível participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na empresa. A terceira proposta, do empresário Nelson Tanuri, prevê a manutenção do Aeros, nenhuma venda de susidiárias da Varig e participação do BNDES ou outra instituição pública.