O procurador Paulo Marcos Schimidt irá denunciar o meia Giovanni nesta terça no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter incitado a invasão do gramado por parte dos torcedores santistas no clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro, na repetição da partida da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. A primeira, que terminou 4 a 2 para o Santos, foi anulada, devido ao escândalo da arbitragem. O Timão venceu o novo confronto por 3 a 2.

Giovanni, que chutou a bola em direção à arquibancada quando foi dar a saída de jogo após o terceiro gol corintiano, será denunciado no Artigo 279 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê suspensão de um a dois anos para quem incitar publicamente a prática da violência. O julgamento do caso ocorrerá na próxima sexta.

A situação do jogador pode se complicar devido ao fato do árbitro do jogo Cléber Wellington Abade tê-lo citado na súmula como um dos culpados por ter inflamado mais ainda a revolta da torcida. Desta forma, o meia,  de 33 anos, pode ver o final de sua carreira mais cedo. O advogado Marcílio Krieger, especialista em direito desportivo contratado pelo Santos, aguarda a confirmação da denúncia para divulgar qual será a estratégia da defesa.

Além de Giovanni, o goleiro Saulo, que teria chutado o meia corintiano Carlos Alberto, e o volante Zé Elias, que xingou o juiz após a marcação de um pênalti, também podem ser denunciados. Outro que foi citado na súmula do árbitro foi o diretor social do Santos, Francisco de Oliveira Junior, o Alemão.

– Ele disse que iria quebrar a minha cara – citou Abade, na súmula.

Alheio às confusões, o técnico Nelsinho Baptista prepara sua equipe para enfrentar o São Paulo no próximo sábado, às 20h30, no Morumbi.

– Conheço pouco esse advogado. Só sei que ele é um especialista nessa área e o Santos está no seu direito de buscar uma boa defesa – ressaltou.

AGÊNCIA PLACAR