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A Transbrasil completou nesta quarta-feira, dia 6, dois dias sem presidente no comando da empresa. A reunião do conselho de acionistas – que deveria indicar um nome para o cargo – foi suspensa sem uma resolução para o problema. O porta-voz da empresa, Carlos Brada, disse que a família de Omar Fontana (fundador da Transbrasil) está sondando algumas pessoas para assumir a presidência e duas cadeiras no conselho da empresa.
No entanto, para o Departamento de Aviação Civil (DAC) a Transbrasil o presidente é o seu antigo controlador, Antonio Celso Cipriani, genro de Omar Fontana. Segundo o DAC, a Transbrasil precisa entregar um documento indicando um novo nome para a presidência. Como o contrato de transferência de controle acionário para Dílson Prado da Fonseca foi vetado, quem continua mandando na Transbrasil é Cipriani.
Dessa forma, se a Transbrasil não encontrar um novo nome para o cargo, será Cipriani que terá de responder pelas dívidas da empresa, calculadas em quase R$ 1 bilhão. Brada nega que Cipriani esteja ocupando algum cargo de comando dentro da Transbrasil. Segundo ele, Cipriani é apenas um acionista minoritário. Mas a combinação de sua parte na empresa à da família de Omar Fontana dá para Cipriani mais de 78% da Transbrasil.
Especula-se no mercado que a operação de transferência da Transbrasil para um grupo de investidores misteriosos não tenha passado de uma manobra de Cipriani para desvincular sua fortuna pessoal do passivo da companhia aérea. Além de garantir sua fortuna, a manobra conseguiu prorrogar os vários prazos que o DAC deu para a companhia voltar a voar. O primeiro venceria em 3 de janeiro. Alegando que não tem presidente, a Transbrasil informa que não pode apresentar um plano de retomada de operações para o DAC.
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