| 10/02/2002 20h45min
Começa nesta segunda-feira, dia 11, uma semana decisiva para a Argentina, com a reabertura do mercado cambial em regime de livre flutuação e sob o temor de uma disparada do dólar. E, já com os resultados da primeira jornada do câmbio livre, após uma semana de feriado cambial, segue para Washington o ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, onde tentará acelerar a negociação de um auxílio financeiro de até US$ 25 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Embora reitere a intenção de ajudar a Argentina, o FMI mantém uma cautela que inquieta os argentinos. Uma fonte do governo, citada pelo jornal La Nación, disse que, para financiar as mudanças necessárias na economia o país necessita de recursos equivalentes a 10% do Produto Bruto Interno (PBI). No ano passado, o PIB do país ficou em US$ 269,9 bilhões. Neste ano, espera-se queda de 5% em termos reais e alta nominal de 8,4% (efeito da desvalorização do peso).
Lenicov viaja na noite desta segunda para os Estados Unidos, e hoje se encontra com o secretário do Tesouro norte-americano, Paul O'Neill, e com o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, entre outras autoridades. Segundo as fontes do Palácio da Fazenda, nesta viagem, não deve haver qualquer resultado concreto, mas a sinalização do início das negociações que podem demorar de 45 a 60 dias.
Lenicov levará às autoridades internacionais os detalhes do orçamento, do programa fiscal e do esquema monetário. Enquanto tenta conter a cotação do dólar em níveis razoáveis, o governo procura manter sob controle os preços de produtos essenciais. Para isso, convocou um encontro com empresários de hipermercados, dos setores de alimentos e eletrodomésticos e representantes de laboratórios.
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