| 28/10/2005 17h44min
O delegado de Esteio, Ireno Schulz, confirmou nesta tarde que já possui a identificação de mais de mil integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que participaram da invasão e saque na quarta à empresa Standardad, na BR-116. O acesso aos nomes foi possível com a identificação exigida judicialmente aos agricultores por ocasião da desocupação do local.
Segundo Schulz, os manifestantes serão indiciados por roubo, cárcere privado e invasão de local de trabalho. Ele espera chegar ao nome de todos os envolvidos no incidente.
– Nós pegamos as autorizações do Departamento de Estradas e Rodagem (Daer), onde os agricultores colocaram os nomes na hora de subir no ônibus e sair. Vamos cruzar todas as informações e chegar a identificação, de preferência, de todos os participantes – afirma.
Mais de 40 pessoas já foram ouvidas pela polícia sobre o caso, entre elas os motoristas dos 29 ônibus que trouxeram os
manifestantes do Interior do Estado. O
prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias. Contudo, o delegado acredita que, devido ao tamanho, será preciso pedir maior prazo para concluir o inquérito. O deputado Dionilso Marcon, do PT, que é ligado ao MST, afirma que ninguém cometeu crime e que o indiciamento seria uma injustiça.
Uma representação foi impetrada na Comissão de Ética da Assembléia contra Marcon. De autoria do deputado Jerônimo Goergen, a representação que acusa o petista de ter participado do saque, pois Marcon admitiu ter comido um picolé saqueado pelos manifestantes. Marcon afirma que foi a Standard apenas para intermediar uma saída pacífica dos manifestantes.
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