| 02/11/2005 12h21min
A Central de Inteligência dos EUA (CIA) escondeu e interrogou supostos membros da Al Qaeda em uma "instalação secreta" no leste da Europa, como parte de um "sistema secreto de prisões", segundo a edição de hoje do Washington Post.
O jornal, que cita funcionários americanos e de outros países conhecedores do assunto, afirma que o "sistema secreto de prisões" foi estabelecido pela CIA há quatro anos.
Em várias ocasiões, o sistema contou com lugares de reclusão em oito países, inclusive na Tailândia, no Afeganistão e em algumas "democracias do leste da Europa", assim como em um pequeno centro na prisão de Guantánamo, em Cuba.
A rede secreta de centros de detenção "é um elemento central na guerra não convencional da CIA contra o terrorismo", acrescenta o jornal, afirmando que estas operações dependem da cooperação de serviços de inteligência estrangeiros e de manter a sua existência em segredo.
A existência e a localização das instalações, chamadas de "lugares negros" por documentos da Casa Branca, da CIA, do Departamento de Justiça e do Congresso, são conhecidas somente por poucos funcionários nos EUA e pelo presidente, e por poucos membros dos serviços de inteligência de cada país onde estão localizadas, segundo o jornal.
A CIA manteve neste sistema mais de cem detidos, dos quais 30 são considerados importantes suspeitos terroristas e estão confinados em instalações financiadas pela agência americana e administradas por seu pessoal no leste europeu, segundo o Washington Post.
AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.