O governo de Santa Catarina decidiu ontem, em reunião realizada no município de Concórdia, no Meio-Oeste catarinense, flexibilizar o ingresso de produtos e subprodutos de suínos e aves nas barreiras sanitárias.

A decisão foi tomada durante encontro do Comitê Técnico de Defesa Sanitária com o secretário estadual da Agricultura, Moacir Sopelsa, dirigentes e gerentes regionais da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

A medida é válida para itens provenientes de Estados ao Norte de Santa Catarina, com exceção daqueles originários de municípios com foco ou suspeita de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná.

A Instrução de Serviço nº 8 da Cidasc acrescentou à lista de 18 itens liberados há uma semana, os seguintes produtos: carne e miúdos de aves para o varejo, carnes de suínos sem ossos, também de estabelecimentos com Serviço de Inspeção Estadual (antes só era permitido de estabelecimento com inspeção federal) e produtos industrializados de suínos desde que submetidos a processos de inativação do vírus e de envoltórios naturais (tripas e bexigas).

Permanecem proibidos o ingresso e a passagem de carne bovina de qualquer tipo dos Estados ao Norte de Santa Catarina.

Também estão bloqueados grãos e frutas originários e procedentes dos municípios de Eldorado, Itaquiraí, Iguatemi, Japorã, Mundo Novo e Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul, de Maringá, Loanda, Amaporã e Grandes Rios, no Paraná.

De acordo com Sopelsa, o compromisso de flexibilizar as barreiras ocorre na medida em que há segurança de continuar protegendo o rebanho e a economia catarinenses.

O secretário disse que continua negociando com os governos de outros Estados para reduzir os danos e desconfortos causados aos setores produtivos.

O Rio Grande do Sul, por exemplo, não está autorizando o ingresso de animais, produtos e sub-produtos de Estados situados ao Norte de Santa Catarina.

Por isso, a passagem dessas cargas não pode ser permitida por Santa Catarina sem o aval prévio das autoridades sanitárias gaúchas.

Com relação a São Paulo, a Secretaria de Agricultura tenta a liberação do ingresso de suínos produzidos em Santa Catarina. As autoridades paulistas bloquearam o ingresso de qualquer animal que tivesse percorrido o Estado do Paraná.