| 04/11/2005 23h19min
Novas suspeitas pairam sobre a atuação do ex-ministro Luiz Gushiken à frente da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica (Secom). Relatório da Controladoria Geral da União (CGU) revela que ele interferiu indevidamente na licitação dos Correios em 2003 que resultou na contratação da agência de publicidade SMP&B, do empresário Marcos Valério de Souza.
O documento complica a situação do ex-ministro e indica que a agência de Valério pode ter sido favorecida pela interferência da Secom. Em um dos trechos, o relatório condena a autorização dada pela Secom para a redução da pontuação do critério "idéia criativa" .
Segundo a auditoria, a mudança, mesmo autorizada por Gushiken, não poderia ter sido feita, pois contraria uma instrução normativa da própria secretaria. Os auditores recomendam aos Correios que na próxima licitação usem os critérios originais de pontuação.
Segundo a CGU, a redução do valor do patrimônio líquido das empresas concorrentes, de R$ 3 milhões para R$ 1,8 milhão, autorizada pela Secom, beneficiaria a SMP&B na licitação realizada em 2003. A auditoria considera injustificada a sugestão da Secom. Aponta, ainda, casos de pagamentos irregulares, sobrepreço e superfaturamento num total de quase R$ 2,6 milhões.
Com a crise política, Gushiken foi afastado da Secom, e o órgão perdeu a condição de ministério, vinculado diretamente ao Palácio do Planalto. Foi rebaixada para subsecretaria, vinculada à Secretaria Geral da Presidência.
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