Humberto Parro, ex-presidente da Fundacentro na gestão Fernando Henrique Cardoso, confirmou hoje a denúncia de desvio de dinheiro para a agência DNA publicada na última edição da revista Carta Capital. Parro disse que foi alertado por um assessor a respeito de pagamentos indevidos para a agência, que pertence ao publicitário Marcos Valério. Segundo Parro, o que chamou a atenção foi uma nota para pagamento de R$ 5,8 milhões sem que o serviço tivesse sido realizado.

Parro disse que na época alertou o Ministério Público e pediu uma auditoria interna, que constatou a responsabilidade do então diretor financeiro da Fundacentro, Marco Antonio Seabra de Abreu Rocha. De acordo com Parro, Rocha foi indicado pelo então ministro do Trabalho, Paulo Paiva (senador tucano de Minas Gerais).

Parro foi perguntado sobre a relação que a Carta Capital faz entre esse desvio e o atual escândalo envolvendo Marcos Valério e disse que a comparação era “absurda”.

– Eu pedi investigação, tomei todas as previdências na época. Exonerei imediatamente o responsável e, ao que tudo indica, trata-se de um crime comum – disse ele, negando ter informação de que o dinheiro fosse para fazer caixa dois.

AGÊNCIA O GLOBO