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 | 10/10/2008 21h25min

Iarley: "Tenho que defender as nossas cores"

Artilheiro do Goiás pode acabar com as chances do ex-time de ir à Libertadores

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

Iarley já combinou com Clemer: assim que a partida de sábado entre Goiás e Inter, às 18h20min, no Serra Dourada, terminar, o atacante receberá o goleiro em sua casa para um jantar. O programa está de pé mesmo que Iarley seja o responsável por acabar com as chances dos gaúchos chegarem à Libertadores.

O Inter precisa somar, pelo menos, 24 pontos em 30 para se garantir na disputa da competição Sul-Americana no ano do centenário. Tem apenas 5% de chances de conseguir isso, uma projeção que se tornaria praticamente inalcançável com uma derrota em Goiânia. Porém, Iarley não acredita que seu gol ou a vitória do Goiás sejam os únicos responsáveis por afastar o Inter em definitivo do G-4.

— O problema vem de muito tempo, de outros jogos que o Inter não conseguiu vencer. Agora estou no Goiás e tenho que defender as nossas cores — disse.

São muitos os fatores que motivam Iarley. Quando o atacante de 34 anos foi apresentado no clube, em 11 de junho, a equipe estava na 19ª posição, na zona de rebaixamento. A estréia, três dias depois, também foi amarga: 3 a 0 para o Grêmio em pleno Serra Dourada. Vadão foi demitido e Hélio dos Anjos assumiu. Na partida seguinte, no dia 22, o time deu os primeiros sinais de reação ao golear o Santos por 4 a 0 na Vila Belmiro. Iarley fez dois, os primeiros dos 11 que marcaria pelo Goiás — ele é o artilheiro da equipe no Brasileirão. Os gols do atacante contribuíram para a ascensão da equipe, que tem a melhor campanha do returno, com 20 pontos conquistados.

— Logo quando cheguei encontrei um grupo meio caído, triste. Quando o Hélio foi contratado, já mudou, era falta de motivação mesmo — garantiu.

Como não podia ser diferente, Iarley virou ídolo da torcida. Mas não sofre com o assédio. É verdade que passa grande parte do tempo livre dentro de sua casa, localizada em um condomínio fechado em Aparecida de Goiânia, cidade vizinha à capital, onde fica o CT do clube. Porém, quando vai ao shopping, ao supermercado ou passeia pela cidade, o faz com tranqüilidade. Experiente, o jogador não teve problemas de adaptação e está feliz com a vida no Centro Oeste. O contrato com Goiás termina em dezembro de 2009. Porém, os planos para o futuro não mudaram.

Com um apartamento montado no bairro Petrópolis, Iarley fixará residência em Porto Alegre quando encerrar a carreira. Apesar de ser o próximo inimigo, leva sempre o Inter no coração:

— Sou um grande torcedor do clube, tenho admiração pela torcida. Depois de tudo o que passei aí, não tem como não se tornar um colorado.

 
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