O empresário egípcio Mohammed Al-Fayed, proprietário do Fulham, criticou a proposta feita pelo Manchester City ao Milan pelo meia brasileiro Kaká. Al-Fayed se disse preocupado com o rumo dos clubes ingleses após a proposta de 100 milhões de libras feita pelo City aos italianos.

— É loucura. Você tem um jogador fantástico, mas e o resto da equipe? Essa negociação é uma notícia ruim para o futebol, pois é loucura — disse, à rádio BBC 5.

O Manchester City foi adquirido em 2008 pelo grupo de investimentos Abu Dhabi United Group e, desde então, vem tentando contratar nomes de peso. Robinho foi a principal contratação da atual temporada. Os ingleses pagaram 40 milhões de euros ao Real Madrid pelo atacante.

Na proposta a Kaká, o jogador do Milan receberia 500 mil libras por semana. Al-Fayed se mostrou preocupado com esses números e propôs uma limitação aos salários e valores pagos pelos clubes ingleses em contratações.

— Tudo está nas mãos da Premier League e da Federação Inglesa de Futebol (FA). Eles têm poder para impedir essas negociações. É preciso limitar o dinheiro de contratações e salários — afirmou o egípcio, que disse que não pagaria "mais de 15 milhões de libras" por um jogador.

A maior contratação de Al-Fayed à frente do Fulham foi realizada em 2001, quando o Fulham pagou 11 milhões de libras ao Lyon pelo atacante francês Steve Marlet. O empresário afirmou que investimentos como os do City "não são garantia de sucesso".

— A questão é como o clube forma os jogadores. Há muitos atletas jovens e com talento nas categorias de base. Não pagar 100 milhões de libras por alguém é uma arte — concluiu.