Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios podem ser encerrados mesmo em 12 de dezembro. Um requerimento prorrogando os trabalhos por 120 dias não conseguiu o número necessário de assinaturas de parlamentares. Como faltou apenas uma assinatura, a oposição anunciou a intenção de pedir hoje a recontagem das assinaturas.

Originalmente, o requerimento tinha a assinatura de 218 deputados e de 32 senadores e foi lido em sessão do Congresso na manhã de ontem. Era preciso o apoio de 171 deputados e de 27 senadores, o equivalente a um terço da composição de cada Casa do Congresso. Como resultado da articulação do governo, várias assinaturas foram retiradas do documento até o prazo final, à meia-noite de ontem, inviabilizando a prorrogação.

A tentativa dos petistas de derrubar o requerimento começou na sessão do Congresso Nacional. O deputado Gilmar Machado (PT-MG) levantou questão de ordem contra a prorrogação, sob o argumento de que a dilatação do prazo não poderia extrapolar o fim da atual sessão legislativa, que se encerra em 31 de dezembro. O presidente do Senado, Renan Calheiros, indeferiu a proposição de Machado e apoiou a idéia dos oposicionistas de que o prazo de prorrogação da CPI somente não poderia adentrar o período de uma nova legislatura, conforme o Regimento Interno do Senado, que subsidia o Regimento Comum nessa situação.