| 17/11/2005 15h22min
O presidente da Transportes Aéreos de Portugal (TAP), Fernando Pinto, declarou que obter o eventual controle da Varig é uma decisão estratégica, que ajudaria a superar as limitações em termos de espaço aéreo em Portugal.
Em entrevista publicada na última edição da revista portuguesa Visão, Pinto confirmou que a TAP já assumiu o controle da Varig Engenharia e Manutenção (VEM), encarregada da manutenção da frota, e da VarigLog, responsável pelo transporte de carga.
– Já temos em nosso poder as ações das duas empresas e, nesta semana, vamos nomear os membros do Conselho de Administração.Quando falamos em assumir a gestão de Varig, trata-se de uma participação no Conselho de Administração e de ter gerentes para assumir o trabalho – esclarece o presidente da TAP.
A participação na empresa brasileira está limitada a 20% do capital com direito a voto, mas que não é limitada no capital sem direito a voto.
O executivo enfatizou que, com este negócio, a TAP "ganha mais passageiros na América do Sul e, a Varig, o acesso à Europa".
A eventual compra da Varig transformaria a TAP em um novo gigante da aviação, com 137 rotas, 125 aeronaves e um total de 20.799 trabalhadores, informou a revista Visão. Atualmente, a aérea portuguesa transporta a cada ano 6,2 milhões de passageiros. Em conjunto com a Varig, o número ficaria em 18,7 milhões.
Fernando Pinto disse que a estatal portuguesa Parpública, o banco de investimentos JP Morgan e o maior banco privado português, o Millenniumbcp, podem participar na negociação para controlar a Varig.
Hoje, a Varig divulgou balanço onde aponta um prejuízo acumulado de R$ 778,130 milhões neste ano, o que representa um crescimento de 155% sobre o mesmo período de 2004. Apenas no terceiro trimestre, o prejuízo alcançou R$ 384 milhões, contra lucro líquido de R$ 261,77 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
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