| 21/11/2005 20h16min
Os fiscais agropecuários federais em greve no Estado de Santa Catarina voltaram ao trabalho, mas em ritmo lento.
Uma liminar obtida na sexta-feira pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) determinou a manutenção do trabalho nos frigoríficos e a liberação das cargas para exportação.
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes), Ricardo Gouvêa, disse que foram liberados alguns navios no sábado, por agentes agropecuários. Mas os embarques voltaram a ficar lentos hoje.
Gouvêa informou que os fiscais em greve estão usando diversos artifícios para não cumprir a liminar. Um deles é não aceitar o embarque antecipado das cargas, que já vem certificadas, para posterior fiscalização dentro dos navios, o que acaba atrasando os embarques.
Outra ocorrência, que foi registrada na Polícia Civil, foi o sumiço de carimbos, documentos e livro de registro utilizados na liberação das cargas.
– Eles estão fazendo de conta que cumprem a liminar e a situação nos frigoríficos não é diferente – disse Gouvêa.
O diretor do sindicato espera que a greve termine nesta terça-feira, em reunião do movimento grevista com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo Silva.
O prejuízo estimado em duas semanas de greve é de US$ 200 milhões.
Segundo o delegado do Ministério da Agricultura no Estado, Tarcísio Kock, houve uma redução dos contêineres retidos nos portos com os embarques do final de semana.
Ele afirmou que reforçou o efetivo no porto de Itajaí, com nove fiscais e três auxiliares para cumprir a liminar. Antes eram dois veterinários que faziam o embarque.
Até o momento, não houve a esperada contratação dos agentes emergenciais para substituir os grevistas.
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