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 | 30/11/2005 17h01min

Promotor diz que Celso Daniel morreu por desacerto em esquema de corrupção

Winder Filho entende foi assassinato por investigar desvio de verba do PT

O promotor de Justiça Roberto Winder Filho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou hoje, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, que o ex- prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel foi bastante torturado e até teve parte de seu corpo queimada antes de morrer.

Segundo Winder Filho, a tortura e o assassinato de Celso Daniel, em 2002, ocorreu para que o ex-prefeito forncesse informações sobre o esquema de corrupção na cidade. O promotor entende ter ficado claro nos inquéritos que Sérgio Gomes da Silva, conhecido como o Sombra, teve participação ou foi o mandante do crime.

Na opinião de Winder, o que ocorreu foi um desacerto no esquema de corrupção em Santo André. Celso Daniel teria concordado que o dinheiro arrecadado pela prefeitura fosse utilizado em caixa dois para campanhas eleitorais do PT mas, quando soube que os recursos estavam estariam sendo desviados do partido, quis apurar tais desvios, sendo assassinado por esse motivo.

AGÊNCIA SENADO
 
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