| 06/12/2005 16h57min
Mesmo não tendo sido votado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, o relatório parcial sobre fundos de pensão, apresentado hoje pelo deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), foi criticado pela senadora Ideli Salvati (PT-SC).
Segundo ela, houve "direcionamento político" na elaboração do documento. Ela questionou, por exemplo, o fato de ACM Neto ter priorizado novas investigações em empresas como a Global Prev (do ex-ministro da Secretaria Especial de Comunicação e Gestão Estratégica de Governo, Luis Gushiken) e a Trevisan Associados (do empresário Antonino Marmo Trevisan, membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Social) em detrimento de outros contratos de prestação de serviços com fundos de pensão, cujos valores superam o das duas empresas. No relatório, o deputado baiano elenca, 21 contratos.
O documento também aponta a perda de R$ 729 milhões de 14 fundos de pensão em 50 operações realizadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Ideli ressaltou que apenas a soma das perdas de dois fundos resulta em 63% do montante. Segundo o relatório, a Prece (fundo de pensão da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae-RJ) teria perdido o equivalente a R$ 309 milhões entre 2000 e 2005, enquanto a perda acumulada pelo Sistel (fundo mantido pelo antigo sistema Telebrás) chegou a R$ 154 milhões nos últimos cinco anos.
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