A semana promete ser difícil para a Varig. Além da promessa dos credores federais (Infraero, Banco do Brasil e BR Distribuidora) de vetar o plano de recuperação da empresa, o Sindicato Nacional dos Aeronautas  se prepara para questionar na Justiça a venda da VarigLog (Cargas) e VEM (manutenção) para a Aero-LB – consórcio liderado pela estatal aérea portuguesa TAP. A venda  foi aprovada na assembléia do dia 7 de novembro sem a concordância dos credores trabalhistas.

O novo plano de recuperação judicial da Varig – a criação de Fundos de Investimento e Participações (FIP) e a transformação da dívida em ações  – pode ser vetado na assembléia dos credores programada para amanhã. As medidas são  consideradas  inconsistentes pelo fato de não contemplarem a redução de custos. Os credores estatais também não aceitam o prazo de dois anos para que seja costurado um plano de recuperação. Seis meses são suficientes, disse uma fonte que está participando das negociações.

 A não aprovação de um plano poderá resultar na decretação da falência da companhia. Por isso, os credores deverão apresentar uma alternativa. O Planalto, porém, está pessimista em relação à recuperação da empresa. Segundo um técnico do governo, o vice-presidente José Alencar, antes empenhado para encontrar uma saída para Varig, já admite ter perdido todo o seu tempo.

Os acionistas da Varig realizam assembléia amanhã, em Porto Alegre, para votar a mudança no comando da companhia, ocorrida no último dia 18 de novembro.