| 07/01/2006 17h47min
Um dos neurocirurgiões que operou o primeiro-ministro Ariel Sharon, José Cohen, declarou hoje que o líder israelense se trata de "um homem de grande fibra", e se mostrou otimista sobre as chances de sobrevivência.
Cohen, que fez suas declarações por telefone ao Canal 2 da televisão de Israel, disse que não seria o primeiro caso, entre os que ele conhece, de um paciente em um estado similar ao de Sharon sair com vida e até retomar suas atividades.
Entretanto, o diretor do Hospital Hadassah – onde o chefe de governo está internado –, Shlomo Mor-Yossef, disse aos jornalistas que, segundo uma última tomografia, foi observada uma "leve melhora" de seu estado, embora sua vida "continue em perigo".
A declaração do diretor do Hadassah provocou hoje certo otimismo em relação ao futuro de Sharon, que está em estado de coma induzido no Departamento de Neurocirurgia.
Os médicos que o atendem, entre eles Cohen, de origem argentina e especialista mundial em cateteres, decidirão amanhã se retirarão gradualmente os remédios que o mantêm em uma coma total para dar "descanso" a seu cérebro.
Somente quando Sharon despertar da anestesia profunda os médicos poderão avaliar seu real estado e, sobretudo, saber quais são os danos que – segundo supõem todos os especialistas – ele sofreu durante as três operações as quais foi submetido devido a hemorragias cerebrais.
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