| 08/01/2006 22h45min
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, é uma figura destaca por líderes mundiais como importante para o processo de paz no Oriente Médio. Internado desde a semana passada em estado grave devido a uma hemorragia cerebral, Sharon tem poucas chances de retomar o cargo. Mantido em coma induzido, o premiê deve ser avaliado somente nesta segunda sobre eventuais seqüelas da doença.
Neste domingo, o ex-primeiro-ministro Benjamín Netanyahu se referiu ao sucessor como um dos "mais heróicos militares e políticos" de Israel.
– Não creio que a história julgará Sharon duramente se forem levadas em conta as suas contribuições para a segurança de Israel. Há esperança de que este homem especial que agora combate pela sua vida ganhe a batalha – disse Netanyahu, possível candidato ao cargo de primeiro-ministro nas eleições marcadas para 28 de março
Netanyahu, que renunciou ao gabinete de Sharon e tem divergências com o premiê depois que esse último ordenou a retirada da Faixa de Gaza, não quis falar sobre o futuro pollítico de Israel.
Já o também ex-primeiro-ministro Shimon Peres diz esperar que o atual substituto interino do premiê, Ehud Olmert, lidere nas eleições gerais o partido Kadima, recém fundado por Sharon. Peres também disse à CNN que "provavelmente" concorrerá a uma cadeira no Parlamento pelo Kadima.
Norte-americanos também se manifestaram sobre o primeiro-ministro. O ex-embaixador dos Estados Unidos em Israel Thomas Pickering, e o ex-Conselheiro de Segurança da Casa Branca Zbigniew Brzezinski, enalteceram a força política de Sharon e seus êxitos no "difícil" processo de paz na região.
A Casa Branca disse que, devido ao momento crítico em que vive o primeiro-ministro, prefere manter em sigilo suas opiniões sobre os efeitos que a eventual incapacidade permanente de Sharon poderia causar ao processo de paz do Oriente Médio. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, cancelou sua visita desta semana à Indonésia e à Austrália devido à gravidade do estado de Sharon.
O primeiro-ministro já teria manifestado o interesse em doar seus órgãos. De acordo com a versão online do diário Haaretz, Sharon teria assinado ano passado um documento confirmando a opção. A informação não foi confirmada porque a diretora geral do Centro de Transplantes de Israel, Tamar Ashkenazi, disse que as identidades dos doadores são preservadas. Poucos israelenses aceitam doar os órgãos por razões culturais e religiosas.
AGÊNCIAS EFE E APGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.