| 11/01/2006 14h10min
Depois de dois dias de correção a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) retornou ao terreno positivo e fechou a manhã em alta de 1,23%, aos 35.482 pontos. Os títulos da dívida externa brasileira também se recuperam e levam o risco-país a atingir novo piso recorde. No final do período, o EMBI+ marcava 279 pontos centesimais, com queda de 5 pontos no dia.
Os destaques da manhã ficaram por conta dos índices de inflação. Logo cedo foram divulgadas as primeiras prévias de janeiro do IPC-Fipe e do IGP-M. A uma semana da definição sobre os juros básicos da economia, os dois índices de inflação apresentaram aceleração do ritmo de reajustes de preços. O IPC-Fipe detectou inflação de 0,46%, contra 0,29% da medição anterior. O IGP-M apontou inflação de 0,40%, frente ao 0,06% da primeira prévia de dezembro.
Já atentos à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores estudam os números que medem o aquecimento da economia. A alta de 0,6% da produção industrial frustrou os analistas e sugeriu uma flexibilização maior na política monetária. No mercado de juros, as apostas se dividem entre um corte de 0,50 e 0,75 ponto na taxa Selic.
– A decepção com o resultado de novembro faz com que o mercado esteja apostando no corte de 0,75 ponto percentual nos juros, apesar de os índices de inflação terem apresentado variações acima do previsto – disse Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez.
A Bovespa consegue se manter em alta mesmo em meio ao desempenho fraco das bolsas americanas. Se continuar em forte alta, o Índice Bovespa pode bater novo recorde histórico de pontos. A explicação para o bom desempenho é a forte liquidez internacional, somada aos fundamentos positivos da economia nacional.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas são de CRT Celular PNA (+5,04%) e Tele Leste Celular PN (+4,82%). As quedas mais significativas são de Souza Cruz ON (-2,25%) e Embraer ON (-1,39%).
O dólar encerrou a manhã em alta de 0,27%, cotado a R$ 2,265 na compra e R$ 2,267 na venda. A alta é considerada pontual, já que a expectativa é de ingresso de recursos externos ao país. O Banco Central continua a comprar dólares nos mercados à vista e futuro.
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