Maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, a Aracruz anunciou hoje um recorde de faturamento em 2005. O lucro acumulado da empresa chegou a R$ 1,17 bilhão, com  produção de 2,786 milhões de toneladas. Apesar do novo patamar de ganhos, houve uma queda de 58% no terceiro trimestre do ano passado frente a 2004.

Os números da produção se comparam a 2,497 milhões de toneladas no ano de 2004.

As vendas de celulose somaram 777 mil toneladas no quarto trimestre de 2005 e de 2,605 milhões de toneladas no ano passado, o que representa alta de 11,2% e de 6,3%, respectivamente.

A receita líquida da Aracruz foi de R$ 900,5 milhões no quarto trimestre, com R$ 23,7 milhões obtidos com a venda de papel e o restante com celulose. No acumulado de 2005, o faturamento líquido foi de quase R$ 3,3 bilhões, contra R$ 3,4 bilhões no ano anterior.

A geração de caixa no quarto trimestre, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação), somou R$ 414,4 milhões, contra R$ 438,8 milhões em igual período de 2004. Em 2005 o Ebitda foi de R$ 1,63 bilhão, apresentando queda de 7%.

Em seu relatório, a empresa informa que 2006 começou "com sinais positivos para o mercado de celulose no curto prazo", com expectativa de que o crescimento mundial mantenha o bom desempenho apresentado no quarto trimestre de 2005 e o mercado de celulose equilibrado, com estoques da commodity em níveis historicamente baixos.

Em seu relatório, a Aracruz explicou que a partir do quarto trimestre de 2005 passou a contabilizar os resultados da Veracel via equivalência patrimonial, deixando de incluir a consolidação proporcional dos 50% que detém na joint-venture.

Pelos padrões contábeis dos Estados Unidos (US Gaap), a Aracruz teve lucro líquido de 142,3 milhões de dólares no quarto trimestre e de 341,1 milhões de dólares em 2005.

AGÊNCIA O GLOBO