| 16/01/2006 08h00min
A maioria dos analistas do mercado aposta em um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de amanhã e quarta-feira. Com isso, a taxa cairia para 17,25% ao ano. Para Ricardo Amorim, diretor de Pesquisas de América Latina do Banco WestLB, um corte dessa magnitude "não tem nada de agressivo, considerando-se que agora há mais espaço entre as reuniões do Copom (a cada 44 dias)."
O economista afirma que, caso o Copom opte por reduzir em apenas 0,5 ponto percentual a taxa básica, esse movimento estará abaixo do esperado. Amorim prevê um crescimento econômico de 3,5% em 2006, com um gradual afrouxamento da política monetária. Em ano eleitoral, pode-se esperar também algum aumento do gasto público. Maristella Ansanelli, economista-chefe do Banco Fibra, alinha-se com a parcela do mercado que aposta em corte de 0,5 ponto percentual. Segundo um boletim distribuído por Maristella, um corte desta magnitude seria condizente com o ritmo de flexibilização da política monetária que o Banco Central vem mantendo. Para a economista, o BC não deve mudar a percepção quanto à velocidade "ótima" de ajuste dos juros no curto prazo. O Banco do Brasil (BB), que acredita em uma redução de 0,25 a 0,50 ponto percentual na Selic, corta as taxas de juros dos empréstimos para micro e pequenas empresas a partir de hoje. A redução vai variar de 0,5 ponto percentual nas linhas com recursos próprios até 1,21 ponto percentual nos financiamentos com dinheiro dos fundos dos trabalhadores - o Pasep e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A última vez em que o banco reduziu os juros para pessoas jurídicas foi em setembro. ZERO HORAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.