| 19/01/2006 17h58min
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Nestor Kirchner, marcaram para julho o prazo para concluir os estudos aprofundados do gasoduto com cerca de 10 mil quilômetros ligando os três países. Os primeiros estudos mostram que a iniciativa pode custar de US$ 17 bilhões a US$ 25 bilhões e a obra deve levar seis anos para ficar pronta.
Após reunião na Granja do Torto, em Brasília, os chefes de Estado decidiram também que em março haverá uma nova reunião presidencial em Mendoza, na Argentina, para apresentação de novos estudos elaborados pelos países. Nesta quinta os ministros de Energia das três nações apresentaram estudos preliminares.
Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, uma vez construído, o gasoduto transportará 150 milhões de metros cúbicos de gás por dia da Venezuela para o Brasil e Argentina – volume suficiente para suprir as necessidades brasileiras, inclusive nas regiões norte e nordeste do país.
A partir de agora seis subgrupos aprofundarão estudos em áreas específicas: mercado, recursos e comercialização; desenho de tarifa; planejamento de engenharia e aspectos tecnológicos; financiamento e modelo de negócios; autorizações governamentais, meio ambiente e aspectos sociais; e aspectos regulatórios, legais, fiscais e institucionais. Também foi criado um grupo coordenador das atividades do Comitê Multilateral, encarregado de examinar os aspectos políticos da iniciativa.
– Também acordamos que, em julho, o projeto deve estar bem avançado para apresentarmos publicamente. Iremos chamar todos os países da América do Sul que serão beneficiados – avaliou o presidente Hugo Chávez, após reunião em Brasília.
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