| 02/02/2006 16h13min
Cerca de 60 milicianos palestinos armados protestaram hoje em frente aos escritórios da União Européia (UE) em Gaza contra a publicação de charges do profeta Maomé e ameaçam seqüestrar funcionários da Noruega, França e Dinamarca. No interior dos escritórios da UE, no entanto, estão apenas funcionários palestinos e não há registro de atos de violência contra as instalações.
Os milicianos se limitaram a pintar uma cruz azul na porta dos escritórios, que consideraram fechadas até que os governos desses três países peçam desculpas aos muçulmanos pelas ofensas contra o profeta. Se não o fizerem, segundo um comunicado lido por um miliciano, atacarão em um prazo de 48 horas alvos da França, Dinamarca e Noruega.
Além disso, os milicianos ameaçaram bombardear outros alvos europeus se ocorrer na Dinamarca no domingo, como se anunciou, uma manifestação em defesa da liberdade de imprensa.
Os franceses "não são bem-vindos em nosso país e devem ir-se de imediato", afirma a nota lida pelo miliciano antes de dar tiros para o ar e deixar o local com o restante do grupo.
Os milicianos protestavam contra caricaturas publicadas por jornais desses três países mostrando Maomé com uma bomba na cabeça, empunhando uma espada, e como Hitler na Alemanha nazista.
Os manifestantes armados pertencem à Jihad Islâmica, aos Comitês Populares da Resistência e às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, estas últimas filiadas ao Fatah. Aparentemente não há milicianos do Hamas.
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