| 15/02/2006 22h14min
O ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, que depõe esta noite na CPI dos Correios, diz que concordaria se a Polícia Federal ou a comissão propusessem uma acareação entre ele e o ex-deputado Roberto Jefferson. O ex-parlamentar acusou Dimas de promover a distribuição de recursos para partidos políticos com dinheiro da estatal.
Dimas Toledo disse ainda não conhecer o lobista Nilton Monteiro, que divulgou a lista de Furnas com o nome de 156 supostos beneficiados pelo caixa dois da empresa. O ex-diretor de Furnas afirmou também que o documento é uma falsificação.
– Constam dessa lista empresas que não têm relações comerciais com Furnas – disse. Dimas ainda argumentou a seu favor chamando atenção para a presença do nome de seu filho na lista.
Durante o depoimento, o ex-diretor da estatal disse ainda que auditorias realizadas na empresa demonstraram ser impossível a formação de caixa dois para beneficiar políticos. Contra a veracidade do documento, ainda concorre uma correspondência do perito da Unicamp Ricardo Molina. De acordo com o documento, trazido a publico pelo deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), é impossível estabelecer a autenticidade da lista. Molina diz ter analisado uma cópia, e não o documento original, que teria sido prometido por Nilton Monteiro há mais de 40 dias. As primeiras versões da lista de Furnas que circularam pela internet, no entanto, traziam um laudo de Molina, o que causou constrangimento ao perito.
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