| 08/03/2006 16h52min
O ministro francês de Agricultura, Dominique Bussereau, tentou minimizar hoje os temores sobre o possível contágio humano da gripe aviária a partir de gatos, que causaram uma onda de abandonos destes animais.
– Não há nenhuma razão para abandonar os gatos ou outros animais domésticos, nem mesmo nas zonas afetadas pela gripe aviária – disse Bussereau em comunicado, no qual citava o relatório emitido na semana passada pela Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA).
O ministro lembrou que, nas áreas do país onde houve registro de aves portadoras do vírus H5N1, pede-se aos proprietários de gatos que os mantenham dentro das casa e que, no caso de transportá-los, o façam em caixas ou em veículos.
A Sociedade Protetora dos Animais (SPA) lançou ontem uma mensagem para denunciar a onda de abandonos de gatos, em meio ao pânico gerado a partir do caso de um destes mamíferos morto pelo vírus da gripe aviária em uma ilha do norte da Alemanha.
A SPA indicou que, somente no sábado, havia recolhido 40 gatos abandonados em seu escritório de Brignais, perto de Lyon, na área onde foi registrado o primeiro caso identificado na França de uma ave contaminada com o H5N1, e onde depois se identificou uma criação de gado também contaminada.
Em seu anúncio da semana passada, a AFSSA lembrou que não se tem notícia até o momento que nenhuma das pessoas portadoras de gripe aviária tivessem sido contaminadas por animais carnívoros, como gatos.
Por isso, a Agência destacou que "o risco de infecção de uma pessoa a partir de um gato pode ser considerado nulo ou desprezível".
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