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 | 12/03/2006 23h16min

Alckmin diz não haver motivo para decisão do PSDB ser adiada

Governador deixará a administração de São Paulo no próximo dia 31

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à presidência da República, afirmou neste domingo que está "animadíssimo", esperando que seu nome seja anunciado nesta terça como o escolhido pelo partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Alckmin, não há nenhum fato novo que justifique a mudança da data para o anúncio oficial da escolha do candidato tucano. Ele não comentou nada sobre a possibilidade de a cúpula do PSDB cogitar uma prévia para definir o candidato à Presidência  da República.

– Não há nenhuma razão para acreditar que possa ter mudança. O presidente do partido, Tasso Jereissati, estabeleceu a terça-feira como data para esta definição e não tenho nenhum fato novo – afirmou, confirmando que deixará o governo paulista no próximo dia 31 depois de inaugurar as estações Imigrantes e Chácara Klabin do Metrô.

Para ele, o triunvirado tucano, formado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de Minas Gerais. Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB, terá "uma boa solução", mas se a decisão não sair "não vai acabar o mundo".

– Vamos aguardar até terça-feira. Acho que vamos ter uma boa solução – disse em tom de candidato, durante visita domingo à tarde à 19ª Bienal do Livro.

– Espero que saia, mas também se não sair não vai acabar o mundo.

O governador paulista procurou desvincular a escolha do candidato tucano ao governo paulista da decisão de terça-feira. O prefeito de São Paulo, José Serra, o outro pré-candidato à presidência da República, estaria sendo convencido a aceitar a disputa estadual.

Em tom de campanha, distribuindo autógrafos, assinando dedicatórias em livros e posando para centenas de fotografias, Alckmin bateu no governo Lula:

– Vi com muita tristeza nesses últimos dias tudo o que não deve acontecer, lá no Rio Grande do Sul, uma empresa ser invadida. O Brasil precisa de estabilidade, precisa de segurança e a gente vê a omissão do governo Lula, que é lerdo na reforma agrária e é omisso e cúmplice nessas invasões.

Três dos quatro pré-candidatos declarados ao governado de São Paulo pelo PSDB negaram ontem a possibilidade de disputar o cargo com o prefeito José Serra. Durante debate promovido pelo diretório municipal, o vereador José Aníbal, o secretário municipal Aloysio Nunes e o deputado federal Alberto Goldman disseram que Serra é pré-candidato à Presidência da República e não ao governo estadual.

O ex-ministro Paulo Renato de Souza, o quarto pré-candidato tucano, acredita que Serra pode disputar o governo paulista, embora não acredite na hipótese. Ele garantiu que sai da disputa se o prefeito for candidato.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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