| 14/03/2006 13h14min
A comissão que investigou o papel das forças de segurança na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes enviou um relatório à Scotland Yard com uma série de lições que devem ser aprendidas, confirmou hoje o órgão de controle da polícia. Jean Charles, de 27 anos, morreu em 22 de julho com oito tiros – sete na cabeça e um no ombro – disparados por um policial à paisana no metrô de Londres, que teria confundido o jovem com um dos supostos autores dos atentados fracassados do dia anterior.
O conteúdo do relatório da Comissão de Queixas à Polícia (IPCC, em inglês) não pode ser revelado por enquanto, porque a Promotoria britânica ainda está considerando se apresenta acusações criminais contra os agentes envolvidos no tiroteio, o que só deve ser anunciado em abril. Além da Polícia Metropolitana, a IPCC enviou cópias do relatório ao juiz que instrui o caso, John Sampson, ao ministro do Interior britânico, Charles Clarke, e à Promotoria. O objetivo é permitir que estes órgãos possam fazer eventuais mudanças em seus procedimentos operacionais ou em suas políticas, sem ter de esperar que as investigações da IPCC se tornem públicas. A investigação sobre o papel das forças de segurança na morte do brasileiro foi dirigida por John Cummins. A IPCC abriu outra investigação, a pedido da família de Jean Charles, sobre o comportamento do comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, que pode estar concluída no final de abril. Os parentes do brasileiro acusam Ian Blair de ter enganado ao divulgar informação falsa em sua versão inicial do incidente. AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.