| 16/03/2006 17h22min
O coordenador das Nações Unidas para a gripe aviária e humana, David Nabarro, disse hoje que é necessário "aumentar o alerta" da opinião pública ante a expansão da doença. A aparição do vírus H5N1 em países ocidentais deve servir de alerta para que os países "acordem", e seria desejável "que cada vez mais pessoas" se conscientizassem dos riscos, afirmou Nabarro numa entrevista coletiva.
No entanto, o representante da ONU destacou que isso não quer dizer que os consumidores devem deixar de comprar carne de frango. Além disso, ressaltou que alguns estudos indicam que, no futuro, entre 60% e 70% das doenças humanas terão sua origem "no reino animal", embora não tenha especificado o risco exato da expansão da gripe aviária.
Nabarro se reúne hoje e amanhã em Bruxelas com membros de instituições da UE, de agências internacionais da ONU e do Escritório Internacional de Saúde Animal (OIE). O coordenador da gripe aviária e humana pediu aos governos que lutem "coletivamente" contra a doença e ajudem os países afetados, especialmente os da África.
Nabarro afirmou ainda que neste momento não se fala de uma pandemia humana, uma vez que os casos de H5N1 em pessoas são "esporádicos". No entanto, ressaltou ele, "aumentam" a presença do vírus em aves e a ameaça de sua expansão, razão pela qual "é inevitável aumentar os investimentos no combater" à doença.
Além disso, destacou o representante da ONU, não é possível fazer inferências sobre os riscos de doença se tornar uma pandemia humana ou sobre o alcance de problemas específicos, como o contágio entre mamíferos ou a transmissão a pessoas.
Nabarro acrescentou que a Comissão Européia (CE) reagiu com seriedade à gripe aviária e comprometeu-se a dar ajuda aos países mais afetados.
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