| 23/03/2006 00h20min
O deputado petista João Magno (MG) foi absolvido pelo plenário da Câmara da acusação de quebra de decoro parlamentar, a exemplo do que havia ocorrido horas antes com o colega de casa Wanderval Santos (PL-SP). Relatórios do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar propunham a cassação de ambos os parlamentares por suposto envolvimento com o mensalão. A dupla acabou beneficiada pelo pequeno quórum e os processos foram arquivados.
Antes mesmo de acabar a contagem dos votos, Magno já sabia que o seu mandato estava garantido. Não haveria mais como a cassação obter 257 adesões – número que corresponde à maioria absoluta de parlamentares da Casa e o mínimo necessário para aprovar uma cassação. O petista foi absolvido com 207 favoráveis à manutenção do mandato, 201 contrários, 10 abstenções, cinco brancos e três nulos. Wanderval continua na Câmara mesmo tendo mais votos pela perda dos direitos políticos – faltaram 15 votos para o mínimo de 257. Foram 179 opções pela absolvição e 242 pela cassação. Houve ainda 20 abstenções e três votos em branco.
Na próxima quarta, deverá ser votado na Câmara o relatório de Cézar Schirmer (PMDB-RS), que sugere a cassação do ex-presidente da Casa João Paulo Cunha (PT-SP). O texto de Schirmer é considerado contundente e pode ser decisivo no futuro político de João Paulo – acusado de ser beneficiado com R$ 50 mil no valerioduto. Se cassado, o petista seria o quarto da lista. Dos 19 nomes arrolados como envolvidos no suposto mensalão, foram cassados até agora três parlamentares. Outros sete foram absolvidos.
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