| 06/05/2002 14h58min
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está preparando plano de ação para a Argentina. O subsecretário do Tesouro do Estados Unidos, Peter Fischer, fez esta declaração nesta segunda-feira em Washington, durante a 32ª Conferência de Novas Realidades, numa alusão ao projeto preparado por Anne Krueger, do FMI.
Os preços ao consumidor na Argentina subiram 10,4% em abril em consequência da forte desvalorização do peso, informou em Buenos Aires o Ministério da Economia. Foi a maior alta da inflação em 11 anos. Com o aumento de 10,4% nos preços ao consumidor em abril, a meta de inflação do governo argentino para este ano já está estourada. A previsão era de inflação de 15% no ano. Entretanto, com os dados divulgados, a inflação acumulada nos quatro primeiros meses do ano passa dos 20%.
Para Roberto Lavagna, ministro da Argentina, a prioridade é livrar o país do risco de uma hiperinflação. Analistas traçam perspectivas sombrias, com uma inflação
acima dos 60%
neste ano,
podendo chegar a 100%. Os caminhos para Lavagna desviar o país da hiperinflação são restritos. Ele descarta a possibilidade de controle dos preços, enquanto o FMI enfatiza que o governo deve combater a inflação apenas por meio da política fiscal e monetária.
Nesta segunda-feira, dia 06, o presidente Edurado Duhalde, por decreto, aboliu a indexação dos empréstimos hipotecados pela taxa inflacionária. A lei revogada angustiava cerca de 3 milhões de devedores, que corriam o risco de perder seus bens hipotecados. O presidente fez o anúncio na Casa de governo, após um mês de negociações para acabar com o Coeficiente de Atualização de Referência (CERCER, pois a inflação já acumula 20% neste ano.
O CER foi criado por Duhalde após assumir em 1 de janeiro, para impedir a liquidação das dívidas após a desvalorização de quase 70% da moeda argentina, mas os cálculos posteriores de indexação elevavam absurdamente os valores das cotas.
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