| 11/04/2006 15h54min
Às vésperas de três fins de semana prolongados, a crise que atinge a companhia aérea Varig preocupa os passageiros que planejaram viajar e que até já adquiriram passagens da empresa. Segundo a Associação Brasileira das Agências de Viagem de São Paulo (Abav), Eduardo Nascimento, todos os pacotes de viagens disponibilizados no Estado – campeão de emissão de turistas nacionais – para os próximos feriados prolongados, e que contam com passagens da Varig, já estão vendidos.
Nascimento explica que a preocupação dos passageiros e dos empresários que lidam com o turismo é muito grande, já que a Varig é responsável por mais de 40% das passagens vendidas juntamente com pacotes internacionais e por 20% dos bilhetes incluídos em pacotes nacionais.
Ele defende que o governo intervenha na companhia para evitar prejuízos aos usuários.
– É muito importante que ele (o governo) assuma o controle do que está sendo feito para que os passageiros não fiquem no chão – disse, ao se referir ao atual processo de recuperação judicial da Varig.
Os destinos mais procurados por quem espera viajar na Semana Santa, Tiradentes e 1° de Maio foram Natal, Fortaleza, Salvador e Florianópolis. Para o Exterior, Buenos Aires, Miami e destinos na Europa são os lugares preferidos pelos brasileiros, relatam os agentes associados.
Segundo passageiros que recorrem aos balcões da companhia nos aeroportos de São Paulo em busca de informações sobre reservas e sobre a crise, a situação atinge a todos os usuários do transporte aéreo.
– A gente sabe que a manutenção de um avião depende de recursos, de dinheiro. E um avião não vai ao ar sem que estes recursos existam, por isso gera preocupação – descreveu a psicóloga e passageira da Varig Marta Hubner.
Na última semana representantes da indústria do turismo enviaram uma carta ao presidente Lula pedindo que o governo ajude a evitar prejuízos mais graves, se a empresa parar de voar.
– Se a Varig parar de voar, por exemplo para um aeroporto como Londres, não quer dizer que uma outra companhia aérea vai poder começar a fazer aquele vôo. Existe uma fila de espera lá fora e eles não têm nada a ver com os problemas brasileiros – disse Roberto Dultra, da Associação Brasileira de Turismo Receptivo Internacional.
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