| 16/04/2006 20h08min
A estréia do Palmeiras no Brasileirão teve cara de capítulo final. Já sem Lúcio, que pediu para deixar o clube, o Verdão perdeu, por 3 a 2, para a Ponte Preta e deixou o ambiente ainda pior no Parque Antártica. A torcida gritou que está cansada de sofrer e pediu a cabeça dos dirigentes em jogo que nada deu certo para a equipe alviverde.
Desta vez, não houve briga dentro de campo, mas alguns torcedores se exaltaram com o péssimo resultado. Almir, Luís Mário e Douglas (contra) marcaram os gols da Ponte Preta. No segundo tempo, Leão conseguiu armar uma reação, sacando os dois laterais (Amaral e Márcio Careca). Cristian e Edmundo diminuíram para o Verdão, mas era tarde demais.
Mais uma vez, a torcida do Palmeiras deixou o Parque Antártica dez minutos antes do término do jogo, tocando uma marcha fúnebre e carregando as faixas de ponta cabeça. O mesmo já havia acontecido na quinta-feira, na derrota para o Cerro Porteño.
O Palmeiras volta a jogar no sábado, contra o Figueirense, em Santa Catarina. A Ponte Preta receberá o Vasco, no dia seguinte.
A Ponte Preta começou melhor. Rafael Santos obrigou o goleiro Sérgio fazer grande defesa, em cabeçada forte. O Palmeiras buscava o ataque, mas encontrava grande dificuldade para armar as jogadas.
A Ponte Preta recuou e só saia no contra-ataque. O jogo não empolgava os corajosos torcedores que foram até o Parque Antártica tomar chuva no domingo de Páscoa. O Palmeiras dominava a posse de bola, mas errava muitos passes.
Na melhor jogada do primeiro tempo, o árbitro viu falta de Edmundo ao proteger a bola do zagueiro, irritando o camisa 7. A falta de criatividade do Verdão se refletiu no resultado.
Em uma confusão na área, a bola sobrou dentro da área, após falha defensiva. A bola foi cruzada pela direita para Almir, aos 37 minutos, fazer 1 a 0.
Aos 43 minutos, em contra-ataque, Luís Mário foi inteligente e virou a bola para Luciano Baiano. Este segurou a bola, devolveu na área para Luís Mário, livre, matar a bola e ampliar a vantagem da Macaca.
Com 2 a 0 no placar, a torcida se revoltou definitivamente. Chamou o diretor Ilton José da Costa de ladrão, pediu a cabeça de Salvador Hugo Palaia e disse que a equipe é formada por “11 veados”.
Alguns torcedores sentiram saudades de Lúcio no primeiro, mas preferiram não se manifestar. Leão notou que seus laterais foram inoperantes e decidiu sacar Amaral e Márcio Careca para colocar Ricardinho e Cristian, dois meias.
Com as alterações, o Verdão melhorou, mas ficou mais exposto aos contra-ataques da Ponte Preta, que continuava marcando bem.
O jogo ficou violento e muitos cartões foram mostrados pelo árbitro carioca, Djalma José Beltrami Teixeira. Paulo Baier furou feio dentro da área palmeirense e quase entregou outro gol para o adversário.
A Ponte Preta reagiu e fez boas jogadas. A torcida pegou no pé de Paulo Baier, que jogava muito mal. Em falta alçada na área por Danilo, nova lambança da zaga alviverde. Douglas desviou a bola e marcou gol contra, aos 21 minutos.
Um minuto depois, o Palmeiras diminuiu em chute forte de Cristian, que marcou seu primeiro gol com a camisa do Verdão. O meia esqueceu que o Palmeiras continuava em desvantagem no placar e comemorou muito, embalando um bebê imaginário. A torcida se irritou mais uma vez.
Paulo Baier deu lugar a Cláudio no Palmeiras. O técnico Vadão respondeu tirando Almir e escalando Juliano, reforçando a defesa com um terceiro zagueiro.
O Palmeiras se animou com o gol marcado e pressionou o time de Campinas. Edmundo fez bonita jogada e o goleiro Jean fez defesa de muito reflexo. Aos 41 minutos, o camisa 7 conseguiria fazer o gol, de cabeça, em cruzamento de Correa.
A torcida organizada nem comemorou e foi para a porta dos vestiários, ainda tocando a Marcha Fúnebre, para protestar.
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